sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Imigração

Acabei de ler a notícia deste link:
http://noticias.uol.com.br/bbc/2011/08/05/brasil-e-pais-que-ve-imigrantes-de-forma-mais-positiva-diz-pesquisa.jhtm

Que bom que nós, brasileiros, vemos com bons olhos os imigrantes que aqui chegam. Eu também os vejo com bons olhos, se eles trazem algo de bom e agregador para nós.
Aqui em SP vejo muitos deles, principalmente na região da avenida Paulista. São aqueles tipos esquisitões, que estão aqui a trabalho e, normalmente, ficam pouco tempo por aqui e partem para outro país. Esses são os que nos beneficiam, de alguma forma, fazendo intercâmbios empresariais, culturais, acadêmicos. O problema são os que não contribuem com nada, pelo contrário.
Toda vez que ando pelos lados do Bom Retiro, me pergunto: "Aonde foram os judeus, os gregos, os armênios?" Pessoas que, com seu esforço e muito trabalho, ajudaram no crescimento desta cidade; de culturas diversas, mas que ali conviviam pacificamente, bem diferente de suas terras de origem. Houve uma invasão coreana por lá. Nada contra os coreanos. Minto. Tenho, sim, duas coisas: Primeiro, o que eles vêm fazer por aqui? Não falam (e não querem falar) português. Compraram (sabe-se lá como) praticamente todo o bairro e abriram suas confecções. E o pior, motivo de minha revolta, fazem de imigrantes bolivianos escravos. Um problema que já está tão arraigado, mas que ainda não merece a devida (ou nenhuma) atenção das autoridades e da mídia. Gosto dos bolivianos (e demais latino-americanos) que vivem por aqui. São pessoas muito simpáticas, abertas aos nossos costumes e língua e muito dignas. O triste é ver que, mesmo sabendo da situação na qual vivem por aqui através de familiares e amigos, muitos ainda vêm ao Brasil com esperanças de uma vida melhor. Me espanta vê-los acreditando que encontraram a melhora trabalhando 18 horas por dia de segunda a segunda (alguns têm folgas aos sábados ou domingos - milagre -, é fácil vê-los na região da estação da Luz passeando com suas famílias) para os coreanos, que enriquecem enlouquecidamente às custas desse povo.
Saindo do Bom Retiro e indo pros lados da 25 de Março, também me pergunto por onde andam os sírios-libaneses? Quase não frequento a região, porque odeio aglomeração. Só vou quando quero ir ao Mercadão Municipal. De uns anos para cá, a pirataria tomou conta da região. E quem comercializa? Chineses. Tenho medo deles. Muitos que estão aqui fazem parte da máfia. O maior contrabandista do país, por incrível que pareça, é um chinês. Vivem em nichos. Também não falam português. Seus filhos falam porcamente o português porque seus pais não deixam. Mas estudam nos melhores colégios da cidade. Vá até a rua Vergueiro, na Vila Mariana, na saída da famosa escola umas 12:30! É uma parte de Pequim e Seul que está lá. Também fazem de seus trabalhadores "semiescravos". Eu sempre me questiono: "Como conseguem entrar no Brasil? Como? A maioria é ilegal, não paga impostos, não contribuem em praticamente nada com o país, não se "misturam" com a população, ganham rios de dinheiro de forma bem suspeita e ninguém faz nada?"
Aí entra algo que está enraizado em nossa sociedade: achar que todo estrangeiro é rico e bacana. Não é! Apesar de sermos formados por diferentes povos, sabe-se lá como, temos essa mentalidade pequena e provinciana de acharmos que todo estrangeiro é "bobo, coitado, mas é rico". Pelo contrário. Nós é que somos! Todo mundo é bem-vindo por aqui e a nossa vantagem em relação a todos os outros países do mundo é que recebemos bem o imigrante, seja de que lugar for. O problema é não nos tocarmos com aqueles que prejudicam nosso lugar. Eu parto do seguinte pressuposto: se vou a algum lugar, quero, pelo menos, aprender a falar "bom dia" e "obrigada" na língua local. Agora, chegar a uma loja e o cidadão falar o valor da conta com os dedos e nem dizer obrigado é revoltante. Eu, pelo menos, fico revoltada. Tem gente que acha divertido falar "mimiquês" com essas pessoas (e na hora do turismo lá fora também, mas isso fica para uma próxima).
Parto do pressuposto de que é sempre bom agradecer ao lugar onde se está e às pessoas que te recebem, de alguma forma. A começar pela tentativa de integração. Dizer "olá" e "obrigado" já é um bom começo. E o lugar mais fácil do planeta de se integrar, é aqui.

Um comentário:

  1. Interessante ver sua visão sobre o Brasil considerando a sua vivência no exterior. Digo isso porque sou apaixonado pelo Brasil e acredito que o povo brasileiro não tem a consciência do país em que vive, da riqueza cultural, da nossa língua maravilhosa, de nossos valores que aparecem naturalmente nas pessoas daqui. Mas nunca fui para outro país, conheço diversas pessoas que já foram e as opiniões se dividem de forma a me confundir numa opinião certeira sobre o assunto. Uma informação que acho bacana é que a cidade de São Paulo é a mais heterogênea do mundo! Que incrível essa mistura!

    Você tem razão em relação aos chineses, não são todos assim, mas a maioria é de extrema má educação e se tem algo que me faz brochar com uma pessoa, povo ou cultura é a falta de respeito com o próximo.

    Novamente, excelente texto!

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