quarta-feira, 23 de maio de 2012

Encruzilhada

Nossa, faz muito tempo que não posto nada por aqui! Não por falta de vontade, mas por falta de tempo mesmo. Uma vergonha, pois havia prometido a mim mesma que sempre escreveria o que desse na telha.

Esse último mês e meio foi um tanto turbulento - no bom e no "não tão bom assim".
Em relação ao "bom", como postei anteriormente, eu participei do IV EPED lá na USP. O EPED é o Encontro de Pós-Graduandos em Estudos Discursivos. Nele acontece diversas sessões de comunicação com nós, pós-graduandos, apresentando suas respectivas pesquisas. E como havia escrito antes, estava bem apreensiva com o evento, pois esperava certa hostilidade (como é de certo praxe na USP). Porém, foi bem o contrário. A começar pela lista de sessões, na qual foram incluídos, no mesmo horário, eu e um grande amigo meu. Já comecei a sentir uma tranquilidade, pois sinto-me mais à vontade com amigos no meio. E no dia da apresentação a sala estava praticamente vazia! O que me deixou mais tranquila ainda, porque a probabilidade de fazerem observações mirabolantes é menor! Tudo correu tranquilamente, todos apresentaram seus trabalhos e o clima era bem cordial. Eu era a mais "alienígena" da turma, pois era a única de uma língua estrangeira, e ainda mais do alemão! Mas, quando apresentei a "semelhança" entre as revistas Época e Focus, o pessoal "se soltou". Em seguida, houve a conferência de encerramento com a professora Leonor Lopes Fávero, uma lenda dos estudos discursivos no País. No final houve até um lanchinho simpático e um "convite" para participar da organização do evento do ano que vem.
Ah, e durante esse tempo sem postar, um artigo meu foi publicado numa revista científica! Agora estou começando a sentir que sou uma pós-graduanda strictu sensu. O link da revista da UFF é: www.revistaliteris.com.br.

Quanto ao "não tão bom assim", prefiro não mencionar o que rolou por questões éticas. Contudo, o que aconteceu está me fazendo refletir acerca de algumas coisas que são (ou não ou que eram) importantes para mim. Fase de transição é complicada. Tenho um pouco de dificuldades em lidar com ela. Enxurradas de dúvidas vêm e a mente não para: parar ou continuar do jeito que está? Mercado ou academia? Sossego ou agito? Concretizar um sonho ou encarar de vez a realidade? A cabeça ferve, mas, ao mesmo tempo, é melhor manter a calma e a paciência. É difícil. Alguns amigos me aconselham, tentam ajudar com questões mais práticas, mas sei que cabe só a mim estabelecer uma decisão.
Entretanto, o que me mata é a tal da espera. Espera por datas, espera por causa de burocracias, espera por isso, por aquilo... e para uma ariana com ascendente em gêmeos como eu, isso é a tortura! Sei que esse texto está meio truncado, mas prefiro deixar assim. Quem sabe do que está acontecendo entenderá os "truncamentos".
Em relação ao fato, agora posso dizer que, de certa forma, foi bom ter acontecido. Pois já estava saturada e não tinha coragem de assumir e dar um "chega pra lá" na situação. Fiquei chateada, sim, mais pela questão do bendito do ego. Não tem jeito. E pessoas introvertidas como eu são um tanto egoístas. Mas tenho a plena consciência de que sou capaz de muito mais. MUITO mais. Se isso não tivesse acontecido, com toda certeza estaria ainda mais irritada e sem perspectivas - porque eu não tinha perspectivas além daquilo.
E viver sem perspectivas, para mim, é uma das piores coisas da vida. Eu diria que não estou sem perspectivas, mas sim numa encruzilhada. Cabe a mim atentar para todos os lados e escolher qual caminho seguir.