segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Fluxo de consciência

Por que existe a necessidade de se apegar a algo transcendental? Por que as pessoas camufladamente cobram que você acredite em algo?
Será que a veemência em não acreditar em nada não seria, talvez, uma forma de crença?

Quem não acredita, sente mais a dor.

Gostaria muito de acreditar/apegar a algo. Já fiz tentativas, todas sem sucesso. Até terapeutas me disseram para procurar algo transcendental que eu curta. Confesso que fiquei com preguiça para tal.
De nada adiantou o modo de criação ao qual fui impelida: acho tudo muito alienante.

Quando a dor aperta, tenho intenção em buscar alguma coisa, mas logo me esqueço.

Mesmo na "materialidade", quero fazer algo que curto – um curso de culinária, sei lá – mas, ao mesmo tempo, me pergunto "pra quê?". Tenho obrigações a cumprir, como minha pesquisa de mestrado, porém também me faço a mesma pergunta: "pra quê?". Às vezes, fico dias e dias sem tocar em meus objetos de pesquisa nem abrir meu arquivo no computador com a redação do meu trabalho.

Sempre me pergunto: de que adianta ter ótima formação, falar três línguas, ser comprometida e competente no que faço se há um sensação de estagnação, do tipo de estar perdida num labirinto sem saída? E daí volto a pensar no lance da transcendência e fazer todas as indagações acima mencionadas.

*Como deu para perceber, o texto está totalmente fragmentado. Acho que escrever no esquema "fluxo de consciência" rende melhor ultimamente. Vide a longa ausência que tive daqui. Mas a ideia sempre foi a do desabafo, da indagação e da fustigada. Portanto, dane-se.

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