segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Em busca de ser leve

Semana passada comprei um livro o qual nunca achei que iria comprar. O título? A arte de ser leve, da jornalista Leila Ferreira. A princípio, achei que fosse um daqueles livros de autoajuda bem chinfrins. Comecei a folheá-lo por acaso num daqueles tempinhos que tiramos pós-almoço. Aleatoriamente, li alguns capítulos e confesso que fiquei curiosíssima em saber o que tinha no restante daquelas páginas. Diante da curiosidade, acabei comprando-o.



E qual foi minha surpresa ao ler aquele livro: com texto bem escrito e articulado, entrevistados de diversos lugares, diversas classes sociais, credos e profissões, e com depoimentos da própria autora, o livro passa longe daqueles conhecidos como autoajuda. E posso dizer que ele me pegou. Em um dos meus pontos fracos, inclusive: o de levar a vida de uma forma não tão leve assim.
Os depoimentos daquelas pessoas me fez pensar o quanto levo a vida muito a sério, e o pior: me levar muito a sério. Já tinha consciência disso, mas a obra me fez refletir ainda mais sobre esse defeito que tenho. O problema de se levar muito a sério é que só você se leva a sério, e mais ninguém. Ver a vida por um ângulo muito sério traz angústia e sensação de peso – e isso não é legal, pois também afeta a saúde física e mental. Com o livro, aprendi que ser leve é condição primária para ter momentos de felicidade. Porque ninguém é plenamente feliz, mas sim possui momentos felizes. Portanto, antes de ser feliz, busco a leveza, pois sei que ela trará os benefícios (inclusive para minha saúde) dos quais preciso. E sei que é um aprendizado difícil, já que a vida toda sempre fui muito séria e levava tudo a ferro e fogo. Contudo, ser leve não quer dizer ser bobalhão; ter momentos de felicidade sem ser crítico, não mesmo. 
Por meio dessa leitura, terei um árduo exercício de levar (e ver) a vida de uma outra forma. Não será fácil, mas sei que colherei bons frutos dessa empreitada.


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